Num mundo ideal, as decisões seriam sempre o resultado de uma análise racional e ponderada. No entanto, a realidade é frequentemente mais marcada com as emoções a desempenharem um papel significativo na forma como escolhemos e agimos. Reconhecer e entender esta dinâmica pode ser crucial para melhorar a nossa capacidade de tomar decisões e de interagir de forma eficaz com os outros.
As emoções são respostas biológicas que têm desempenhado funções vitais na nossa sobrevivência ao longo da evolução. Elas guiam-nos para o que é percebido como prazeroso ou afastam-nos do que é percebido como ameaçador. No entanto, num mundo moderno complexo, onde as decisões podem requerer uma reflexão mais abstrata e menos imediatista, a tendência para responder emocionalmente pode complicar em vez de ajudar.
Por exemplo, a ansiedade pode fazer-nos recusar uma oportunidade de carreira promissora devido ao medo do desconhecido, ou o entusiasmo pode levar-nos a investir num projeto com pouca análise crítica. Em ambos os casos, as emoções dominam a lógica, levando potencialmente a escolhas menos acertadas.
Para mitigar a influência das emoções nas decisões, é essencial desenvolver a autoconsciência. Isto envolve cultivar uma observação atenta dos nossos estados emocionais e questionar como é que eles podem estar a influenciar o nosso pensamento. Técnicas como a meditação ou a escrita reflexiva podem ser úteis para aumentar a consciência das nossas respostas emocionais e dos gatilhos que as provocam.
Além da autoconsciência, o desenvolvimento do autocontrolo é igualmente crucial. Isto pode ser alcançado através de práticas como a regulação emocional, que envolve técnicas de respiração, prática do Silêncio Interno e uma pausa consciente antes de tomar decisões importantes, permitindo assim uma avaliação mais racional das opções disponíveis.
A educação emocional também desempenha um papel vital. Compreender as emoções — as suas causas, o seu impacto nas nossas decisões e comportamentos — pode armar-nos com melhores estratégias para gerir situações emocionalmente complexas. Isto pode passar por reconhecer quando é apropriado expressar emoções e quando é melhor mantê-las com rédea curta.
No ambiente profissional ou nas relações pessoais, essa habilidade torna-se uma ferramenta valiosa. Saber quando e como questionar as nossas reações emocionais pode levar a interações mais produtivas e a menos conflitos. Isso não implica a repressão das emoções, mas sim uma gestão mais inteligente das mesmas, reconhecendo o seu lugar e a sua função, mas não permitindo que as mesmas ditem todas as nossas ações.
Enquanto Seres humanos, nunca seremos completamente isentos de emoção nas nossas decisões e ainda bem. No entanto, através do desenvolvimento de uma maior autoconsciência e autocontrolo, podemos aproximar-nos de um equilíbrio onde a emoção e a razão contribuam em conjunto para escolhas mais conscientes e ponderadas. Esta abordagem beneficia-nos individualmente, mas também melhora a nossa capacidade de interagir e compreender os outros, num mundo cada vez mais interligado e emocionalmente complexo.
"Uma clínica em que tenho todo o prazer de fazer lá qualquer tipo de tratamento, pois, sei, que ao confiar no processo e no conhecimento da equipa que os resultados pretendidos iram ser atingidos. Grato por me fazerem sentir em casa, como uma verdadeira família."