
Vivemos numa era marcada pela procura incessante de propósito. Muitos enfrentam o sentimento de vazio e a percepção de que a vida carece de significado. No entanto, há um princípio fundamental que, embora exigente, pode ser o farol para quem procura transcender essa condição: é possível superar a ausência de sentido, mas exige-se uma escolha consciente e um esforço determinado.
Antes de abordarmos o “como”, é essencial compreender o “porquê”. O significado não é algo que nos é entregue, ele não é um presente que nos chega sem esforço, pelo contrário, é algo que cultivamos. Para encontrá-lo, precisamos abraçar a responsabilidade pela nossa existência e pelas escolhas que fazemos. A vida, por definição, é um campo de desafios. E é precisamente no enfrentamento desses desafios que reside o potencial de transformação. O significado nasce da relação entre o indivíduo e o mundo. Quando nos colocamos ao serviço de algo maior do que nós mesmos — seja uma causa, uma família, uma comunidade ou uma aspiração moral elevada — criamos uma narrativa que ultrapassa as nossas limitações imediatas. Esta narrativa confere à existência uma profundidade que ultrapassa a mera sobrevivência. É aqui que entra a questão da escolha. Muitos esperam que o sentido lhes seja revelado sem esforço, como se fosse um segredo escondido à espera de ser descoberto. No entanto, a verdade é outra: o significado não é passivo, mas ativo. É preciso escolher viver de forma significativa. Esta escolha implica uma aceitação radical da realidade. Não se trata de negar a dor, o sofrimento ou a incerteza, mas de encará-los com coragem. É na aceitação destes elementos inevitáveis que se encontra o início da superação. O esforço consciente para enfrentar a vida de frente, mesmo nos momentos mais difíceis, é a base para construir uma existência com propósito. O esforço não é apenas um meio para alcançar o significado, ele é parte integrante do processo. É através do trabalho árduo, do empenho e da dedicação que transformamos os desafios em oportunidades. Imagine o ato de erguer uma estrutura sólida. Sem esforço, os alicerces seriam frágeis e a construção ruiria ao menor vento. O mesmo acontece na vida: é o esforço constante e deliberado que nos permite enfrentar as tempestades da existência. Não podemos evitar as dificuldades, mas podemos fortalecermo-nos para enfrentá-las.
Este esforço inclui:
– Enfrentar a verdade: Reconhecer as nossas limitações, os nossos medos e as nossas falhas sem fugir ou disfarçar.
– Assumir responsabilidades: Escolher tomar a vida nas nossas mãos, mesmo quando isso implica sacrifício e trabalho árduo.
– Criar ligações significativas: Investir em relações que nos inspirem e nos desafiem a ser melhores.
– Perseguir metas elevadas: Definir objetivos que estejam alinhados com os nossos valores mais profundos, em vez de cedermos à gratificação imediata.
É fundamental sublinhar que este percurso não é isento de dor. De facto, pode ser precisamente a dor o que nos desperta para a necessidade de mudança. No entanto, aqueles que se comprometem com o esforço necessário descobrem algo extraordinário: a dor transforma-se em força, e os desafios transformam-se em trampolins para a realização. Superar a falta de sentido não é algo que nos acontece, mas algo que fazemos acontecer. Exige compromisso, sacrifício e a coragem de enfrentar a vida com os olhos abertos. Mas para quem escolhe este caminho, a recompensa é incomensurável: uma existência impregnada de profundidade, propósito e significado.
"Uma clínica em que tenho todo o prazer de fazer lá qualquer tipo de tratamento, pois, sei, que ao confiar no processo e no conhecimento da equipa que os resultados pretendidos iram ser atingidos. Grato por me fazerem sentir em casa, como uma verdadeira família."